O tratamento do câncer de pele é essencialmente cirúrgico. Existem outras formas de tratar, como crioterapia (frio extremo no local), radioterapia (“banho de luz”) e alguns medicamentos quimioterápicos tópicos. A maneira como deve ser abordado vai depender muito de cada paciente, do tipo, tamanho e localização da lesão.
A cirurgia deve ser feita por profissional experiente em abordagem oncológica (o cirurgião de cabeça e pescoço normalmente é bem treinado para isso). Nossa principal missão na cirurgia é ressecar a lesão com amplas margens oncológicas (margens livres), o que garante cura e minimiza muito o risco de recidiva.
Além de priorizar as margens (que é o mais importante), deve-se dar atenção também às reconstruções, tentando sempre manter a função daquele local operado da melhor maneira possível (por exemplo: retirar câncer de pele no nariz, mas manter o orifício para respiração, ou então retirar lesão no lábio e manter a continência oral), sem esquecer o aspecto estético.
As reconstruções em cabeça e pescoço são um capítulo a parte, uma peculiaridade muito interessante, pois em muitos casos fazemos ressecções de pele enormes, principalmente na face, e precisamos reconstruir aquele defeito com um retalho ou enxerto, de modo que fique aceitável esteticamente para o paciente. Torna-se muitas vezes algo desafiador, é como montar um “quebra-cabeça”, mas a diferença é que estamos diante de vidas, diante de defeitos estéticos que podem gerar sofrimento, exclusão social, depressão, dentre outros problemas.
Portanto, tratar o câncer de pele com profissional especializado em ressecções + reconstruções cirúrgicas, principalmente em regiões delicadas do corpo como face, couro cabeludo e pescoço, é de suma importância e imprescindível para que se obtenham melhores resultados oncológicos, funcionais e estéticos.